Uma boa anamnese é um dos pilares dos tratamentos que funcionam de verdade. Você já parou para pensar no quanto a sua capacidade de diagnóstico torna seu trabalho mais assertivo? Quando buscamos elevar o nível do atendimento, melhorar o processo de avaliação é o primeiro passo.
Saber como fazer uma boa anamnese é uma preocupação de muitos profissionais no mercado, porque conseguir estabelecer uma relação entre as queixas apresentadas com o histórico de vida de quem te procurou permite que a estratégia de tratamento adotada seja adequada para a situação.
Você precisa conseguir estabelecer uma conexão verdadeira com o paciente para identificar a origem do problema, entendendo suas preocupações, sintomas e desejos. Aliás, é por meio do diálogo que o profissional de saúde estreita laços e cria uma relação de confiança. Embora as técnicas sejam importantes, a boa anamnese está baseada nas capacidades de comunicação e interpretação do profissional.
O que é o exame de anamnese?
Uma das partes mais importantes em um atendimento de saúde, a anamnese é um processo feito para conhecer o histórico do paciente e entender as principais queixas que o levaram ao consultório. É a base que direciona o tratamento de saúde.
Essa etapa deve ser feita a partir de uma conversa detalhada, como um bate-papo a respeito do estilo de vida da pessoa. Durante a anamnese, o profissional faz uma série de perguntas para identificar os sintomas atuais, o histórico médico e outros aspectos relevantes para que a estratégia de tratamento adotada seja adequada para o quadro identificado. Sem uma boa investigação inicial, as chances do problema não ser solucionado são grandes!
O que o profissional precisa ter para fazer uma boa anamnese?
Sabendo que muitos tratamentos são ineficazes porque a abordagem está direcionada para o local errado, você deve buscar maneiras de melhorar sua avaliação inicial. Como profissional, é importante compreender o que está se passando com outro ser humano, portanto, a empatia é um traço fundamental para o sucesso neste momento.
Explorar o raciocínio para identificar a queixa principal e relacionar a descoberta ao sintoma que motivou a procura pelo atendimento também colabora para a eficácia do tratamento. Quando se trata de fazer uma boa anamnese, mais do que escutar, você precisa querer ouvir com atenção e utilizar seus conhecimentos para chegar na solução final.
Outra característica fundamental para a avaliação inicial é a boa comunicação. Se coloque de uma forma que demonstre interesse genuíno em assimilar a situação do paciente, criando um ambiente acolhedor, que encoraja a abertura e a confiança. Dessa forma, o indivíduo tem o desejo de compartilhar informações importantes, facilitando o diagnóstico e o tratamento adequado.
Siga estes passos para fazer uma anamnese eficaz
Como você já deve ter percebido, fazer uma boa anamnese é importante para melhorar a qualidade do seu trabalho. Seguir alguns padrões vai te ajudar a garantir a qualidade da avaliação, mantendo o foco no paciente e encontrando meios de oferecer uma abordagem satisfatória para cada caso.
Colete os dados do paciente
Tudo começa pela identificação da pessoa que está com você. Solicite informações cadastrais, entre elas: nome completo, data de nascimento, endereço e formas de contato. Esses dados servem para você criar o registro do histórico, o que é fundamental para o acompanhamento dos retornos.
Levante as principais preocupações
O próximo passo é entender quais são as principais preocupações e sintomas relatados pelo paciente. O objetivo neste momento é compreender as dores e sintomas e identificar quais serão as metas do tratamento sob sua perspectiva.
É importante que você conduza a conversa de uma forma que ele se sinta confortável para compartilhar detalhes sobre os problemas de saúde que o levaram a buscar atendimento. Pergunte o que está incomodando, quais as mudanças percebidas na rotina e o que ele gostaria que fosse diferente.
Lembra da empatia? Ela é fundamental nessa hora!
Levante o histórico das queixas atuais
Aqui você irá explorar os sintomas do paciente, buscando entender quando começaram e o que piora ou melhora a situação. Investigue a evolução das queixas e quais fatores podem estar relacionados a elas. Preste muita atenção, pois as informações importantes para o diagnóstico final costumam ser compartilhadas neste momento.
Avalie o histórico médico
Uma boa anamnese é como um passeio na vida pessoal do paciente. Além de descobrir as queixas atuais, é necessário fazer uma análise que inclui condições médicas anteriores, cirurgias realizadas, alergias conhecidas e qualquer tratamento médico já realizado. Esta é uma etapa onde o paciente deve relatar, idealmente de forma cronológica, há quanto tempo vem sofrendo com os incômodos.
Pergunte sobre os antecedentes familiares
O histórico familiar desempenha um papel significativo ao diagnosticar uma doença ou condição de saúde. A genética tem influência no vigor do corpo, por isso, é importante investigar se há casos semelhantes entre familiares próximos.
Converse sobre os hábitos da família, doenças recentes e resgate até aqueles acontecimentos mais antigos, pois todos podem se relacionar de alguma forma com as condições atuais.
Considere o estilo de vida do paciente
A rotina é um fator determinante para a qualidade de vida das pessoas. Por isso, os hábitos devem ser avaliados na hora da anamnese. Fale sobre os costumes do paciente, abrangendo aspectos como alimentação, atividade física, uso de tabaco ou álcool, medicamentos regulares, além de outros fatores que possam ter influência na saúde. Essas informações devem ser cruzadas com as queixas levantadas anteriormente.
Para fechar com chave de ouro: a escuta ativa potencializa sua capacidade de análise!
Se você quer interpretar seu paciente da maneira certa para fazer uma anamnese de excelência, alguns elementos devem ser combinados com a empatia e seus conhecimentos técnicos. A escuta ativa é um desses recursos essenciais para a qualidade do seu trabalho como profissional da saúde.
Você precisa dedicar tempo e atenção ao paciente, permitindo que ele se sinta ouvido e compreendido em sua totalidade. Através dessa escuta cuidadosa é possível captar nuances, preocupações e detalhes que podem fazer toda a diferença no diagnóstico e tratamento.
Fazer uma boa anamnese é a chave para o sucesso dos tratamentos em saúde. Invista no desenvolvimento do seu raciocínio clínico e explore as habilidades humanas para identificar o que o paciente está precisando e como você pode transformar suas dores em superação.
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